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Mostrando postagens de 2011

Ana Clara é Miguel

Não é menina, é menino... Roupas compradas, um mar cor de rosa que inundava os dias dessa contadora de histórias em fração de segundos se desfaz... Como é que se muda assim uma coisa certa desde que o mundo é mundo? Primeiro não tinha nascido para ser mãe. Depois, quando ela se acostumei à ideia pensa em adotar, meia dúzia de crianças já prontinhas, esperando por uma família. Um belo dia a contadora de histórias conhece um homem com cara de menino que quer ser pai, e fala assim, logo no segundo encontro: "Não estou com você para brincar, vamos casar e ter filhos". Ele pode ser um psicopata, pensa ela; pode ser louco; ou, pode estar apaixonado. A terceira opção mostrou-se verdadeira. Anos depois, ela começa a se acostumar com a ideia e já escolheu o nome da filha, já que, se tem que ser mãe, será de uma menina. O mundo é machista, diz ela; apenas uma filha vai entender o que é ser mãe. Vai ser minha amiga e, claro, dar continuidade ao círculo da bruxaria iniciado há dezoito an

Reagente

Reagente... Uma palavra normal, mas que guarda inúmeros significados. Para a contadora de histórias significa algo incalculável: ela vai ser mãe. Durante toda sua vida nunca sonhou com isso. Enquanto a maioria das meninas de sua idade pensava em como seria o homem de seus sonhos ela se distraía em milhares de aventuras encontradas em livros que ela sonhava em escrever, um dia. Mais tarde, quando todas as garotas comentavam como seriam seus casamentos, ela ensaiava o discurso de agradecimento pela vitória do Pulitzer ou da indicação à Academia Brasileira de Letras. Sonhava em viajar pelo mundo, em conhecer milhares de pessoas, centenas de lugares. Mas, dizem que quanto menos pensamos em algo esse algo acontece. E ela conheceu alguém que fazia sua respiração acelerar, seu coração pular dentro do peito e suas bochechas ficarem vermelhas. Já havia se apaixonado antes e amado uma única vez, mas, essa era diferente. Difícil ficar imune ao charme despretensioso, ao sorriso não muito fácil, ao

O encanto de Dirty Dancing

Tenho 31 anos e quando assisti ao filme Dirty Dancing pela primeira vez deveria ter uns 13 ou 14. Na cena final, a clássica cena de dança, voltei a fita (é, naquela época era fita) umas 15 vezes em apenas uma noite. A partir daquele momento o estrago estava feito e pode ser resumido em alguns tópicos: 1º Eu estava irremediavelmente apaixonada pelo Patrick Swayze (tanto que no dia em que ele morreu usei preto e recebi inúmeros e-mails de amigos que sabiam de meu amor platônico); 2º Todas as vezes em que eu via algum canal reprisando o filme, parava como que hipnotizada na frente da TV e só saía após a cena final (a da dança, claro); 3º Não contabilizei ao certo mas, nesses quase vinte anos que se passaram desde a primeira vez que assisti à película, já vi a última cena mais de 300 vezes; 4º Ele foi, é e, possivelmente, continuará sendo o meu filme favorito, de todos os tempos. 5º Tenho todas as edições comemorativas, com cenas extras, deletadas, testes dos atores e tudo o mais que tenho

Conversa entre amigas

Às vezes uma simples conversa tem o poder de mudar nosso dia. Tenho a sorte de ter duas amigas maravilhosas, daquelas que não são mais amigas e sim irmãs. Além delas, tive a sorte de encontrar outras pessoas que enriquecem meus dias, iluminam minha vida, com as quais posso conversar sobre muitos assuntos. Nem tudo são flores em nossas conversas, porque amigo que é amigo, ouve até o que não gostaria e não tem nada mais triste do que ver uma pessoa da qual gostamos triste. "_ Sabe quando a gente gosta de alguém e esse alguém não gosta mais da gente?" "_Sei" "_Como a gente faz?" "_ Não faz, o tempo faz". Uma conversa simples, algumas palavras, mas, uma contadora de histórias sempre tem uma excelente memória. E quando escuta a amiga dizendo isso se lembra de quando era ela. Sente um pouco da tristeza também, mas sabe que vai passar. Tenta animar a outra, contar algumas piadas, fazer graça ao telefone e diz: "_Olha só, comigo aconteceu e passou,