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Mostrando postagens de março, 2010

Palavras e Livros sagrados

Falei muito antes de andar... sem ter um ano completo já dizia muitas palavras, perguntava o porquê de tudo o que via e que me cercava. Com cinco anos já sabia ler, com dificuldade é verdade, mas formava palavras, adorava o cheiro dos livros, o cheiro de cadernos novos, o cheiro de canetas. Meu mundo foi povoado de cheiros e palavras, escrita e livros. Muitas vezes, quando as coisas não saiam bem a meu gosto refugiava-me em outros mundos, mergulhava em Monteiro Lobato, Marcos Rey, Machado de Assis, José de Alencar... Tinha pouco mais de doze anos e mais de cem livros no currículo... Parei de contar aos quinze, quando passei de duzentos e cinquenta... Na adolescência dividia meu tempo entre as paixões arrebatadoras e eternas dos romances e as minhas próprias, algumas vezes tão dramáticas (na época pareciam...) como as que eu lia. Escrevi poemas, centenas deles, alguns por escrever, outros com endereço certo; cartas para pessoas que nunca leram, sentimentos debruçados no papel em diário