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Mostrando postagens de novembro, 2008

Zorro - Começa a lenda

Ele nasceu no penúltimo dia do penúltimo mês do ano, último filho de uma mulher com nome de estrela: Sol. Não causou sofrimento para vir ao mundo, de fato, veio rápido e sem complicações. Seu signo era o do centauro, metade homem, metade cavalo. Cresceu assim mesmo, com o cérebro aguçado e a sinceridade galopante, que muitas vezes parece uma patada. Quando pequeno seus cabelos avermelhados e os olhos cor de esperança emolduravam a cara de zangado. Pelo corpo, sardas se espalhavam e pareciam marcar inúmeros caminhos, pernas, braços e nariz. Com os anos sua vasta cabeleira tornou-se negra como a noite, só os olhos continuavam como duas esmeraldas. Seu nome era o mesmo do Zorro, seu coração também. Ainda criança olhava o mundo com olhos cheios de curiosidade, buscando algo mais, buscando algo além. Aprendeu cedo, com esforço próprio a construir e reconstruir. Primeiro objetos, máquinas, depois pessoas, corações. Como o cavaleiro mascarado escondia sua própria identidade atrás do olhar tac

Sempre Gabriela

Gabriela morreu aos sete anos. Morreu cercada por sua família, cercada de amor e afeto, carinho e preocupação. Apesar de sua respiração ofegante, de seus espasmos que significavam dor e dificuldade em controlar o corpo, de alguma forma ela sabia que era amada, que sua falta seria sentida imensamente e que a vida de todos naquela casa amarela nunca mais seria a mesma. Gabriela morreu em uma tarde sábado, cercada por seu pai, sua mãe, seus dois irmãos emprestados e seu amigo Homero. Morreu nos braços de seus dois irmãos e da menina que contava histórias, amiga da família de Gabriela desde sempre. Quando respirou pela última vez, a sala em que estava deitada em um colchão se encheu de lágrimas, soluços e saudade. Quando Gabriela se foi, a menina de olhos cor de céu decidiu que ela ficaria alí, na casa amarela. Ela foi enterrada no pomar, embaixo da roseira da família, com uma flor e seu brinquedo favorito. A menina que contava histórias estava lá e ajudou a remover um pouco da terra ao re