Como todas as pessoas uma Contadora de Histórias também tem seus dias de tristeza, mas ela sabe que eles passarão e que se transformarão em histórias de sua própria vida, caminhos já conhecidos e algumas cicatrizes que mostram que ela também é uma guerreira, apesar de usar as palavras como arma. Em um desses dias cheios de tristeza e escuridão, em que a Contadora olhava para fora de si e não via nenhuma cor além da cinza (ela por dentro também estava cinza), apareceu em sua frente, de forma inesperada, a cor vermelha (sua preferida) em forma de maçã do amor. Quem a trazia era um menino magro e pequeno, com não mais de dez anos. Enquanto a Contadora lutava contra as lágrimas que ela sempre detestou derrubar, o Menino Sem Nome apareceu. "_Moça, quer uma maçã do amor?" "_Não, obrigada." "_ A senhora tá triste moça? "_Não, não estou não." "_ Tá sim moça, dá pra perceber. Fica assim não moça, de noite tudo é ruim, mas amanhã é um dia novo e tudo passa...