Ele nasceu no penúltimo dia do penúltimo mês do ano, último filho de uma mulher com nome de estrela: Sol. Não causou sofrimento para vir ao mundo, de fato, veio rápido e sem complicações. Seu signo era o do centauro, metade homem, metade cavalo. Cresceu assim mesmo, com o cérebro aguçado e a sinceridade galopante, que muitas vezes parece uma patada. Quando pequeno seus cabelos avermelhados e os olhos cor de esperança emolduravam a cara de zangado. Pelo corpo, sardas se espalhavam e pareciam marcar inúmeros caminhos, pernas, braços e nariz. Com os anos sua vasta cabeleira tornou-se negra como a noite, só os olhos continuavam como duas esmeraldas. Seu nome era o mesmo do Zorro, seu coração também. Ainda criança olhava o mundo com olhos cheios de curiosidade, buscando algo mais, buscando algo além. Aprendeu cedo, com esforço próprio a construir e reconstruir. Primeiro objetos, máquinas, depois pessoas, corações. Como o cavaleiro mascarado escondia sua própria identidade atrás do olhar tac...